Shit Happens
Em média, morrem 8 pessoas por temporada no Aconcágua.
As coisas que podem dar errado que encontramos estão reunidas neste post para que aprendamos com elas.
- Um guia argentino resolveu descansar no cume e parece ter adormecido, consequentemente, morrendo congelado (SummitPost).
- Em janeiro de 2005, o brasileiro Eduardo morreu na descida, pela rota normal. Rita Bragatto, a esposa, que alcançou o cume com ele, detalhou o que aconteceu em uma carta. Alguns escaladores famosos brasileiros comentaram o caso. A guia Helena Coelho, que ajudou Rita, deu uma longa entrevista sobre o caso.
- Um cidadão fez a Travessia (Ventisquero de Schiller) com apenas um crampon e acabou escorregando. Não morreu, mas poderia ter descido direto até Plaza de Mulas bem rapidinho.
- Muita gente sente as extremidades dormentes e continua, perdendo dedos, narizes e sabe lá mais o quê.
- Tem gente que esquece de contabilizar a energia que será necessária para a volta, ou seja, não adianta subir até o final das próprias forças.
- Dois militares argentinos escorregaram da Travessia (Ventisquero de Schiller) e se quebraram todos.
As descidas erradas já foram comentadas. Segue pergunta e resposta do ST Côrtez sobre os pontos críticos em uma possível descida do cume em meio a uma nevasca.
Olá Côrtez. Creio que alguém falou disso naquele dia, porém não me recordo dos seus conselhos. Acho que os dois pontos críticos da descida, caso o tempo feche, sejam a curva à direita no final da Canaleta e a curva à esquerda no Portezuelo del Viento (ou antes dele) para acharmos Berlin. Vc se lembra de algumas referências – pedras, desnível, etc – que indiquem quando fazer essas curvas? Ou a trilha continua enxergável mesmo após uma nevasca? Obrigado, abcs, Cecilio
Falamos sobre isso.
Com visibililidade pouca, considerando que estamos voltando do cume, os dois pontos críticos são: a saída da canaleta para a travessia sobre o Gran Acarreo, esta tem que ser memorizada pelos enormes blocos de pedras que teremos em ambos os lados e, quando termina, haverá blocos (paredes) apenas à esquerda e vazios à frente e à direita. Quando viramos e proseguimos à direita perceberemos apenas as sombras ou diferença de luminosidade sob a nevasca, com a esqueda muito mais clara que a direita. Não se consegue subir (pelo menos muito) mas, se bobearmos desceremos muito e não encontraremos o Portezuelo del Viento.
A trilha não ficara visível sob nevasca porque é a primeira a acumular neve. Uma possibi lidade é marcar os pontos com o GPS e/ou estacas finas e longas que não sofrem influências dos ventos e não são soterradas pela neve. Vi várias equipes fazerem isso, só acho que é mais carga para levar ao cume, até pq não vão encontrar estacas por lá, está seria minha última opção cito apenas para q tome conhecimento.
Durante a subida Vcs verão pontos caracteristicos q pd memorizar para facilitar a descida. É só ter em mente que necessitam ser pontos q sejam possível de serem identificados com visibilidade de 25 a 50m.
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